ESQUEMA CAVALO DE TROIA

Por: Letícia Rodrigues

Nos últimos meses, devido à pandemia, o descaso das confederações com a modalidade ficou mais evidente. Não há cuidado, zelo ou até mesmo vontade em desenvolver o futsal brasileiro, o suficiente para o colocar no local de destaque que merece. O que é estranho, já que as mesmas existem para dar respaldo às competições e aos envolvidos.

Utilizando algo como a estratégia dos gregos em Tróia, eles passam anos jogando contra o próprio patrimônio em busca de objetivos maiores para eles mesmos.

Quem ganha com isso? É a pergunta que mais se repete, principalmente após os últimos acontecimentos, seja na disputa da vaga brasileira da Libertadores na final surpresa entre Magnus e Corinthians, mesmo após a confirmação feita pela Conmebol da vaga do alvinegro, ou no cancelamento da Taça Brasil de futsal feminino e principalmente na suspensão da Portuguesa — Rj das competições nos próximos 3 anos.

Falta transparência e respeito, com os jogadores, com as instituições e principalmente com os torcedores. E com isso a modalidade que inicia a maioria das crianças no esporte vai se esvaindo pelas nossas mãos a cada dia que passa. Algo precisa ser feito antes que seja tarde demais.